segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Meu mundo caiu. cap 19




Minha visão voltou devagarosamente, eu ainda estava um pouco mole e como ainda não tinha notado bem, muitas luzes brancas me cercavam... Será que eu tinha morrido e ido de encontro com Alicia?
Mas ela não havia me deixado pelo menos era o que os medicos diziam, mas eu vi o estado dela, eu sei que não sou uma medica renomada e nem posso dizer que entendo de medicina, mas qualquer pessoa em sã conciencia que visse o estado dela concerteza ia dizer que ela não iria sobreviver.
E é aí que está meu pesadelo, todos os meus medos resumidos em uma só pessoa, em um estado, que agora era o mais delicado possivel.
Levantei meio zonza, o rapaz que nos deu socorro ainda estava aqui (que Diabos ele estava fazendo aqui) sentado na poltrona ao meu lado notei que ele aparentemente era jovem, podia ter seus 20 a 22 anos por aí, apesar do olhar cançado ele nos ajudou e eu ainda não tinha agradecido.
Mas quem em momento de desespero vai lembrar disso?
Eu é claro!
Sou desprovida da mal educaçao quando o assunto é realmente serio.
Eu ajeitei minhas roupas e ele veio rapido em meu encontro, será que ele não tinha notado que quem realmente estava mal era a Alicia e não eu?
_Você está mais calma?
_Axo que s-sim, é... Com a confusão acabei nem te agradecendo por tudo, muito obrigada mesmo pela ajuda!
_Por nada, você e sua irmã passaram por maus bocados e eu fui o unico que passava então tinha que ajudar.
_Pois é que bom né, agora pode ir eu me viro daqui. (sorri um dos meus piores sorrisos)
_Ah mas você não pode ficar aqui o tempo todo, precisa comer, vestir roupas limpas vem comigo, minha casa é proximo daqui, é modesta mas vai ser de grande utilidade.
Ahh me poupe! como uma pessoa dessa vem me oferecer abrigo agora?
GENTE eu tô quase tendo um surto e tenho que fingir que estou calma porque um caipira quer me ajudar???
Que Merda é essa?
Mas como a desgraça sempre vem acompanhada...
_Por favor eu insisto!
_Senhorita ?
A enfermeira me chamou.
_A senhora não pode ficar aqui, suas roupas, seu estado...bem não é adequado para o local.
Eu ja ia mandar a enfermeira pra P*que a pariu mas o sujeitinho boa pinta resolveu intervir.
_Certo ela já está indo comigo pra minha casa, não é?
Eu olhei pra ele quase fusilando, ele sorriu e como se por insistencia pegou de leve em meu braço que eu nem tinha notado mas estava com ataduras, de quê só Deus sabe.
Saímos do hospital, eu sem dizer nada, ele prestativo abriu a porta do carro pra mim, ligou o aquecedor e tentou conversar comigo até chegarmos a casa, eu por outro lado não respondia nada, só fiquei com minha cara colada na janela fria do carro, meus pensamentos estavam longe, na frase de Alicia, nela em sí, foi aí que eu percebi que a minha base, o meu mundo tinha caído.
_Chegamos!
Eu levei basicamente um susto, estava tão longe que quando percebi ele ja tinha aberto a porta pra mim, eu desci e fui guiada por ele até a casa, que por sinal era bem arrumada pra uma casa de homem, as paredes azuis davam um ar meio sinistro a noite porém o cheiro da tinta exalava jasmim coisa nova e bem da roça hehe.
Ele ia falando onde era os comodos e eu ia seguindo ele feito uma Zumbi ambulante.
Cada coisa dita por ele de 100 eu só ouvia 0,5 deu pra sacar como eu estava?
Talvez eu possa estar realmente doida dessa vez, ou então meu corpo ter entrado em estado de choque mas não o choque irritabilissimo, esse era paralisante do meu corpo e mente.
Finalmente ele disse:
_Meu nome é John e o seu?
_Stella.
_Olha vou por suas coisas no quarto, porque não toma um bom banho enquanto preparo algo bem gostoso pra gente comer?
Foi aí que eu notei, eu estava suja, descabelada, com fome e muito cançada.
Peguei na mochila uma camisa comprida que sempre faço de camisola e uma calcinha-short branca, entrei no banheiro...
Retirei minhas roupas numa lentidão paralisante, abri o chuveiro e soltei meus cabelos embaraçados, e enfim entrei naquela coisa quadrada que era minha caixa de sofrimento.
Eu me lembrei que antes quando ficava triste somente bastava chorar um pouco e escrever num diario que tudo se resolvia, mas agora não havia diario e muito menos poucas lagrimas a derramar.
Meu xoro envolvia soluços e pequenos gritos abafados por mim para não fazer alarde, quando minha alma se cançou, meu corpo não resistia a mais nada eu desliguei o chuveiro e me vesti ainda molhada, não estava com frio, meus cabelos gotejavam quando saí descalça e totalmente aerea.
_Stella, o que houve?
Olhei pra ele vazia de pensamentos, só olhei e nada, em minha mente o som do gotejar da pia do banheiro e os flashbacks dos meus momentos com Alicia.
_Vou me deitar.
Fui praticamente me arrastando ao quarto não tinha motivos pra pressa, meu corpo não me obedecia, eu estava com fome mas o corpo pedia descanço ele nescesitava disso.
John veio logo atras de mim, afofou os travesseiros e na cama de casal dele eu deitei, logo senti uma colcha fofa e quente em mim, depois o aquecedor ligando, as cortinas sendo fechadas e um beijo em minha testa celou aquilo que eu diria ser uma tentativa para algo a mais.
Tá que eu devia estar neurotica e pensar que ele estaria querendo se aproveitar de mim, mas logo ele saiu do quarto e quando voltou meus olhos quase fechando eu pude sentir o cheiro do bacon que ele vinha trazendo numa bandeja, junto com torradas, suco e uma fruta.
_Stella você precisa comer, sei que quer dormir mas por favor ponha algo na boca.
Eu comi, muito e depois ainda sem dizer nada apenas sorri.
Ele prestativo levou a bandeija e quando voltou colocou minha cabeça em seu colo, aquela criatura tão diferente, amorosa,coisa que eu nunca tinha visto e estava alí ajudando uma Zumbi que nem pra agradecer servia.
Seus olhos brilhavam ao olhar pra mim, eu notei o cançasso me atingindo outra vez mas antes de pegar totalmente no sono eu pude ouvir quase que um susurro.
_Estou apaixonado por você.
Continua ...

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