terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Adrenalina na veia - cap 13


Ao chegar no camping nós resolvemos dar uma parada e deixamos as motos escondidas atrás de uma árvore enorme que para você ter noção tinhamos que inclinar o nosso corpo para trás pra ver a copa dela. Bem pertinho tinha um mini mercado onde compramos alguns salgadinhos para enganar a fome.
-É Stella, agora estamos completamente sem grana. Temos que arranjar um trampo logo!
-Ou então assaltamos a um banco. --ela disse com um olhar maquiavélico estampado na cara
-Que é que é isso garota? Pirou de vez?
-Ahhh, o que foi agora Alicia? Você já roubou uma pick up lembra? E agora roubamos uma moto... roubar um banco vai ser fichinha.
-Poxa Stella, as coisas são diferentes. Eu não necessariamente roubei a pick up eu peguei emprestado pra livrar a nossa pele e a moto também.
-Alicia querida, minha amiga do coração, ACORDA! Você não está atrás de aventura e muita adrenalina? Então queridinha você já achou e só tá esperando por você, então largue de ser uma santinha enjoada e vamos nos arriscar mais. Não temos nada pra perder.
-Aff Stella você me assusta sabia? Mas quer saber, nós não temos nada a perder mesmo não e que se dane, eu quero é mais adrenalina nessa bagaça!
-É assim que se fala colega, então pega logo essa moto e vamos assaltar a um banco e depois damos fim nelas!
-Epa, epa, peraí, se vamos assaltar temos que assaltar com estilo. Primeiro vamos passar a noite aqui e planejar o nosso assalto e depois partimos pro abraço.
-É mesmo, você tem razão, não podemos ser precipitadas!
A noite logo chegou e lá estavam as duas garotas planejando a nova peripécia de muitas que ainda estão por vir.
-A gente faz o seguinte-Stella começou a falar-ficamos na espreita escondidas atrás de uma árvore ou de alguma coisa que esteja disponível e esperamos até o carro forte chegar pra abestecer o banco, nesse momento você vai com essa sua cara de Alice como se nada estivesse acontecendo e pergunta a um dos guardas onde fica o banheiro e faz de tudo para ele se virar pra explicar pra você, enquanto isso euzinha aqui tento me infiltrar em alguma brecha e tento pegar alguma coisa.
-Mas Stella eu acho que esse plano não vai dar muito certo.
-Ah é, então invente alguma coisa melhor!
-Tipo, eu acho melhor a gente se disfarçar e ficar rondando as pessoas que estão no caixa, a gente procura um ser mais indefeso que nós e subordinamos, levamos ele para fora do banco e anunciamos o assalto, mas temos que fazer direitinho pra parecer bem conveniente e não deixar que essa pessoa saia gritando por aí e eu acho que a minha navalha não vai servir muito então temos que encontrar mais alguma coisa.
-Já sei, compramos alguma arma de brinquedo em uma dessas lojas de 1,99 e fazemos parecer que a arma é de verdade.
-Isso mesmo Stella, você é loira mas não é burra não
-Olhe o preconceito viu garota.
Começamos a rir e quando cansamos fomos dormir, afinal, amanhã temos que estar com a energia totalmente  carregada. Logo amanheceu, pegamos as nossas motos e fomos para a estrada ainda era umas 6 horas e ainda dava pra sentir a brisa fria da manhã. Nós corremos a todo o vapor, Stella já tinha encontrado a sua arma de brinquedo e ela já estava escondida dentro da sua jaqueta de couro. Avistamos um banco e escondemos as nossas motos, já estávamos disfarçadas.
Nosso perfil:
*Stella estava com uma jaqueta de couro e uma calça jeans toda rasgada com um ar bem rocker, tipo aqueles motociclistas de filme americano só q em uma versão feminina.
*Eu estava com uma calça jeans e uma camisa da vovó que me dava um ar de intelectual, onde atrás de uma carinha de anjo se esconde uma mente criminosa.
Nós entramos no banco, já era umas 8 horas, o banco não estava muito cheio e logo avistamos uma velhinha que mal sabia apertar nas teclas direito, aquele era o nosso alvo. Eu cheguei de mansinho e como se não quisesse nada ofereci ajuda mal sabia a velhota que ela ia ser assaltada.
-Posso te ajudar senhora?
-Oh minha filha, quanta bondade! Você pode digitar esse senha aqui para mim?
Perfeito, nós assaltaríamos a velhinha e de quebra ainda teríamos acesso a senha e ao cartão dela. Essa história de assalto estava começando a me deixar animada.
-Posso sim senhora.
Aproveitei que a velhinha estava distraída e escondi o cartão dela, fiz um sinal para a Stella e sussurrei no ouvido dela:
-Isso é um assalto, a senhora tem que fazer o favor de ficar quieta e não fazer nenhum movimento brusco pois aquela minha amiga lá tem uma arma e não vamos ter piedade com a senhora.
-Meu Deus me proteja! Esse mundo está perdido, não se pode mais confiar em ninguém!--retrucou a velhota
-Olhe, faça o favor de ficar quietinha porque a minha canivete também é amolada.
A velhota me olhou com uma cara de aflição, mas vez o que eu pedi. Levamos ela até lá fora como se nada estivesse acontecendo eu coloquei ela na garupa da minha moto e fomos embora. Achamos um lugar bem deserto que quase parecia o deserto do Saara e deixamos a velhinha lá e depois fomos embora em alta velocidade, eu nunca tinha sentido tanta adrenalina na minha vida, a adrenalina estava pulsando em minha veia e eu achava isso bom, sim, isso era muito bom.
Continua...

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