sábado, 22 de janeiro de 2011

Encrenca a vista - cap 11


Depois de uns 50 km de estrada nos deparamos com policiais fazendo blitz porque tinha acontecido um assalto em poucas horas e a polícia estava revistando os carros atrás dos foragidos e isso tudo estava acontecendo para o meu azar, porque eu só tinha 16 anos e não morava nos EUA por isso que eu ainda não tinha carteira de motorista.
-Ai meu Deus do céu, lá vem encrenca pela frente Stella.
Stella olhou pra mim superpreocupada -Vamos rezar para eles não pedirem pra gente parar.
E para o nosso azar aquele policial infeliz decidiu pedir pra gente parar. Eu estava entrando em desespero mas tinha que fingir que tudo estava bem.
-Boa tarde mocinhas, posso ver os documentos do carro?
Para a minha sorte Stella conseguiu achar os documentos, mas eu não estava com tanta sorte assim...
-E agora eu quero ver a sua carteira de motorista.
Eu olhei para Stella, eu não sabia o que fazer eu estava desesperada foi aí que aquele verme pediu para eu sair do carro.
-Vejamos, pelo jeito você não tem carteira de motorista, estou certo?
Só tive a reação de balançar a cabeça confirmando.
-Então eu não tenho outra escolha a não ser levá-las para o próximo departamento de polícia e esperar que algum resposável venha buscá-las.
O caminho até aquele maldito departamento parecia longo demais e eu já estava com vontade de vomitar. Quando eu estava prestes a vomitar nós chegamos ao departamento.
-Tudo bom, Francisca? --disse aquele velho nojento olhando para uma mulher que aparentava ter uns 40 anos.
-E o que essas mocinhas estão fazendo aqui, posso saber? --Francisca lançou um olhar hostil para nós duas, acho que ela acabou se assustando com a nossa aparência aterrorizante.
Nosso perfil:
* Stella estava toda descabelada, sua roupa estava um pouco grudada no corpo por causa do suor que ele teve que enfrentar ao andar de bicicleta.
* Eu ainda estava com aquelas roupas ridículas da vovó, eu acho que ela pensou que eu tinha acabado de sair de um brechó de fim de esquina.
Ela ainda continuava olhando para nós. Foi aí que aquele velho nojento contou que tinha nos apanhado porque eu estava dirigindo sem carteira e nos obrigou a preencher alguns papeis e mandou aquela bruaca procurar informações sobre os nossos pais e mandá-los comparecer imediatamente naquele departamento que mais parecia um cafofo no meio da favela.
-Vamos mocinhas, vou apresentar a vocês a nossa suite presidencial para ocasiões importantes como essa.
Ele nos levou para uma sala onde tinha somente um bebedouro e um sofá velho com cheiro de mofo. Para nossa infelicidade tivemos que ficar ali até que alguma de nós duas tivesse alguma ideia brilhante ou os nossos pais viessem nos buscar.
Me certifiquei de que aquele nojento já estava longe daqui e finalmente sussurei para Stella:
-Stella, nós temos que dar um jeito de sair daqui logo porque se minha mãe vier aqui me buscar ela vai me matar, acredite ela é muito assutadora.
Stella não pode conter um risinho discreto mas já foi logo dizendo -Calma aê garota, que euzinha aqui vou pensar em algo. E pra sua informação eu sou uma expert em fugas.
Tudo bem, aquela parte de "expert em fugas" me assustou e pouco e me deixou desconfiada, mas eu tinha que depositar alguma confiança nela se eu quisesse realmente sair daquele cafofo nojento, e acredite, eu queria sair dali correndo nem que eu me prendesse em um elástico gigante e saisse voando dali, mas eu sabia que isso não era possível.
-Tá bom vou confiar em você viu? Então não me deixe na mão.
-Pode confiar Alicia, o máximo que pode acontecer com você é fraturar alguns ossos, mas isso é o de menos.
Confesso que fiquei assustado com aquilo que ela acabou de me falar, mas eu tinha que arriscar ou então minha mãe ia se certificar de quebrar todos os ossos do meu corpo.
Continua...

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